quarta-feira, 4 de março de 2009

Cronos

Cronos (em grego Κρόνος) (por vezes confundido com Chronos, Χρόνος), era a Divindade suprema da segunda geração de deuses da mitologia grega, correspondente ao deus romano Saturno. A etimologia do seu nome é obscura. Poderá estar relacionada com "cornos", sugerindo uma possível ligação com o antigo demónio indiano Kroni ou com a divindade levantina El.

Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice.

A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro".

Cronos casou com a sua irmã Réia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus.

Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.

Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse efeito o Apolo de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado.

Então Zeus tornou senhor do céu e Divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os tios Titãs para o Tártaroe afastou o Pai do trono, e segundo as palavras de Homero prendeu-o com correntes no mundo subterrâneo, onde foi encontrado, após dez anos de luta encarniçada, pelos seus irmãos, os Titãs, que tinham pensado poder reconquistar o poder a Zeus e os deuses do Olímpo.

Curiosidades

Segundo outras tradições, Cronos teria sido, simplesmente, adormecido e levado para a ilha misteriosa de Tule ou teria sido exilado como rei para um sítio ideal onde o "solo fértil produzia colheitas três vezes por ano" e onde se teria prolongado esta idade de ouro, definitivamente terminada com o aparecimento da terceira geração, a de Zeus e dos Olímpicos.

Cronos foi, por vezes, assimilado ao deus fenício Baal, a cujo ídolo eram sacrificadas as vítimas humanas.

A lenda de Cronos figura no tecto da Sala dos Elementos no Palácio Vecchio (Florença), pintado por Vasari. Goya representou Cronos devorando os seus filhos (Madrid, Prado).


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