Início da Odisséia em seu idioma original | |
Autor(a/as/es) | Homero |
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Título no Brasil | Odisséia |
Título em Portugal | Odisseia |
País | Grécia |
Idioma | Língua grega antiga |
Gênero(s) | Poesia épica |
Editora | Várias |
Lançado em | século VIII a.C. |
Odisséia (português brasileiro) ou Odisseia (português europeu) (em grego, Οδύσσεια, Transliteração Odýsseia) é um dos principais poemas épicos dos antigos gregos. Foi composta em 24 cantos e é atribuído, tal como a Ilíada, a Homero. Teria sido escrito provavelmente no fim do século VIII a.C., em algum ponto da Jônia, região situada na costa da atual Turquia, habitada então por gregos.[1]
O poema é parte fundamental do cânone ocidental, e continua a ser lido hoje em dia, tanto no grego homérico em que foi escrito quanto em traduções para os mais diversos idiomas ao redor do mundo. A obra foi composta e transmitida oralmente, na tradição local, cantada por um aedo (talvez um rapsodo.[2] Os detalhes da antiga execução oral do poema e a sua conversão para o formato escrito têm despertado um debate contínuo entre os estudiosos. A Odisséia foi escrita num dialeto "poético" do grego antigo, que não pertence a qualquer região geográfica, e compreende 12.110 linhas de versos em hexâmetro dactílico. Entre os elementos mais notáveis do texto está a sua trama não-linear e o fato de que os acontecimentos são mostrados como sendo igualmente influenciados tanto pelas escolhas feitas por mulheres e servos quanto pelas ações dos heróis. O termo "odisséia" veio a servir, na maioria dos idiomas ocidentais, para definir qualquer tipo de viagem ou jornada épica.
Argumento
O poema é, de certa maneira, uma continuação da Ilíada, e se centra principalmente no herói grego Odisseu (ou Ulisses), e em sua longa viagem de dez anos de volta à Ítaca, seu lar, após participar pelo exército grego da Guerra de Tróia[3] (guerra que é, em parte, narrada na Ilíada). Muitos dos heróis da guerra de Tróia, como Menelau, cuja esposa – a princesa Helena de Esparta – havia sido raptada (originando-se assim a guerra), já regressaram à Grécia. (Tróia ficava na costa jônica, atual Turquia). Mas Odisseu não chegou, pois após sair de Ísmaros (primeira cidade no caminho para a sua pátria), envolveu-se em uma tempestade, afastando-o do seu destino. Entretanto, os pretendentes de Penélope (esposa de Odisseu) acumulam-se e esperam que ela se decida a casar de novo. Ao esperarem, vão dilapidando a fortuna de Odisseu em banquetes. Penélope, esperançosa de que seu marido retorne, vai protelando a escolha de um dos pretendentes (por vezes ardilosamente, como na célebre fiação do bordado mortalha, na qual lhes diz que quando acabar escolherá um dos pretendentes, mas de noite desfaz o que fez de dia).
Odisseu, tentando retornar, erra pelo mar por mais dez anos . É recebido no país dos Feácios, (conhecidos por serem exímios marinheiros) a quem conta as suas aventuras. Acaba por conseguir regressar a Ítaca. Prepara tudo para massacrar os pretendentes, o que faz com a ajuda do seu filho Telêmaco.
Macro-Estrutura da obra
A obra pode ser dividida nas seguintes grandes secções:
- Introdução (Canto I)
- Telemaquia (aventuras de telémaco) (Canto II-IV)
- Odisseu na ilha e gruta de Calipso (Canto V)
- Odisseu chega à ilha dos Feácios, conta as suas aventuras, e parte da ilha dos Feácios. Conta como partiu de Tróia e chegou à ilha de Calipso. (Canto VI- Canto XII)
- Odisseu chega e permanece na ilha de Ítaca, até que mata os pretendentes. (Canto XII - Canto XXIV).
Personagens
- Odisseu (conhecido também pela forma latina, Ulisses), herói da guerra de Tróia e que quer voltar para junto dos seus familiares.
- Penélope, esposa de Odisseu
- Telémaco, filho de Odisseu e de Penélope
- Laertes, pai idoso de Odisseu
- Eumeu, porqueiro
- Euricleia, ama de confiança
- Antinoo, um dos pretendentes o mais malvado de todos
- Eurimaco, um dos pretendentes que copia tudo o que Antinoo diz
Casa dos Feácios
- Alcínoo, rei dos feácios
- Areta, esposa de Alcínoo
- Nausícaa, filha de ambos
- Laodamante, irmão de Nausícaa, desafiador de Odisseu nos jogos.
- Hálio, idem
- Clitóneo, idem
- Equeneu, velho herói
- Demódoco, aedo, contador lírico de histórias
- Pontónoo
- Anfíloo, atleta
- Euríalo, atleta, desafiador de Odisseu nos jogos
Companheiros de Odisseu nas viagens marítimas
Deuses intervenientes
directamente:
- Atena (a favor de Ulisses)
- Poseidon (contra Ulisses)
- Éolo, rei e deus dos ventos
- Hades - Deus do mundo subterrâneo
- Hermes - Mensageiro dos deuses
Monstros e Criaturas Maravilhosas
Cenário
As aventuras de Odisseu são aventuras eminentemente marítimas. Odisseu regressa de Tróia, que é no mar Jónico, na actual Turquia. Tenta regressar à ilha de Ítaca onde é rei. A ilha de Ítaca fica na costa ocidental da Grécia. Assim Odisseu vai ter que contornar a península grega. As aventuras têm por cenário o mar Mediterrâneo, entre ilhas verdadeiras e outras míticas. Entre homens e deuses. O mar para os gregos era um elemento não natural. Andar no mar era uma manifestação da hybris (descomedimento). Morrer no mar era o pior que podia acontecer a um grego da época antiga.
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